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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

VALERIA DUQUE DOS SANTOS

 

Nascida no Rio de Janeiro, vive em Brasília na década de 80; O estímulo de sua mãe amparou a redação de seus primeiros poemas e crônicas, ao mesmo tempo que cursava estudos de música que a levaram a destacar-se na interpretação pianística. Literata precoce, diversos prêmios obtidos  bastante cedo iniciaram uma trajetória que lhe outorgaram importantes reconhecimentos pese sua pertinaz condição de inédita, pois nunca reuniu  em volume sua produção. Ainda na juventude se apaixonou pelo espanhol e, de tanto exercitá-lo, tal é sua compenetração sistematicamente o usa como "rascunhos" de poermas, que traduz depois a  sua língua materna. Se define como romântica, afirma temas amar as palavras e os temas fortes  e entender que a poesia é uma tentativa irreprimível para tornar  real o imaginário e espiritual o tangível. Casada, é mãe de três filhos e avó de uma neta.

 

 

 

Nacida en Rio de Janeiro, vive en Brasília desde la década de los 80. El estímulo de su madre amparo la redacción de sus primeros poemas y crónicas, en tanto cursaba estúdios de música que la llevarían a destacarse en la interpretación pianística. Literata muy precoz, diversos prémios obtenidos tempranamente iniciaron una trayectoria que le ha deparado importantes reconocimientos pese a su pertinaz condición de inédita, pues nunca ha reunido en volumen su producción. También en la juventud se apasionó por el espanol y de tanto ejercitarlo, tal es su compenetración con este idioma que sistemáticamente lo usa como "borrador" de poemas, que traduce después a su lengua materna. Se define como romântica, afirma amar las palabras y los temas fuertes y entender que la poesia es un intento incoercible por volver real lo imaginário y espiritual lo tangible. Casada, es madre de tres hijos y abuela de una nieta. 

Traducciones de la autora

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS  -  TEXTOS EN ESPAÑOL


POESIA EM TRÂNSITO - Argentina - Brasil.  org. Fernando Sánchez Zinny. Buenos Aires: La Luna Que, 2009.  224 p.
supervisão de Sylvia Long-Ohni e Valeria Duque)
Edição bilingue português e espanhol. 

 

 

 

        DÁ-ME

Dá-me uma rosa
um pássaro de cristal
ou um diamante.

Dá-me todas as pedras sem queixumes
e o sangue esfarrapado dos poderosos,
dá-me a pobreza e as desigualdades
desmoronadas em dilúvios.

Dá-me o pensamento da luz,
a mordaça do ódio,
a harmonia do homem em seus segredos.

No abismo insondável que redescobre,
dá-me o caminho da perdição
onde eu possa soprar meus versos
em liberdade.

 

 

            

               DAME

Dame una rosa
un pájaro de cristal
o un diamante.

Dame todas las piedras sin quejumbres
y la sangre harapienta de los poderosos,
dame la pobreza y las desigualdades
desmoronadas en diluvios.

 

             Dame el pensamento de la luz,
la mordaza del odio,
la armonía del hombre en sus secretos.

En el abismo insondable que redescubre,
dame el caminho de la perdición
donde yo pueda soplar mis versos
en libertad.



                                              

 

        O MENINO E O SOL

Um menino sem nome
furta o sol
em seu último instante.

Desejava suas mãos,
seus raios
e todas as penumbras.

Desejava seus pés,
suas pálpebras
e todas as suas margens.

Encontrou o sol
sem ar
caminhando ao sabor
de todas as invejas.

 

 

 

                    EL NIÑO Y EL SOL

Un niño sin nombre
hurta el sol
en su último instante.

Deseaba sus manos,
sus rayos
y todas las penumbras.

Deseaba sus pies,
sus párpados
y todas sus orillas.

Encontró el sol
sin aire
caminhando a sua antojo
por entre las envidias.

 

 

 

       CONSCIÊNCIA

Pedi um sopro y um canto
ao vendedor de brisas

Pedi uma sombra e uma aurora
ao vendedor de cumes.

Pedi um voo e uma palavra
ao vendedor de asas

Ninguém me respondeu.

Voltei a desenhar segredos
dissimulando a extravagância
do deserto de minha boca.


             CONCIENCIA

Le pedia a un soplo y un canto
al vendedor de brisas.

Le pedí una sombra y una aurora
al vendedor de cumbres.

Le pedí un vuelo y una palabra
al vendedor de alas.

Nadie me contestó.

Volví a dibujar secretos
disimulando la extravagancia
del desierto de mi boca.

 

 

 

       A MADRUGADA E EU

A madrugada arranca de minha boca
o terror mascarado em imagens de fogo.

Como si fôssemos amantes
bordamos nossos rostos
sobre um cálice de espumas desnudas
e sem destino
voamos
para apaziguar uma canção
e descerrar encontros.


             LA MADRUGADA Y YO

La madrugada arranca de mi boca
el terror enmascarado en imágenes de fuego.

Como si fuéramos amantes
labramos nuestros rostros
sobre un cáliz de espumas desnudas
y sin destino
volamos
para apaciguar uma canción
y descerrar encuentros.

      

 

*

 

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Página publicada em abril de 2021


 

 

 
 
 
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